terça-feira, 28 de outubro de 2008

Bovespa sobe com força nesta terça; dólar opera em baixa

O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), operava em forte alta de 6,43% por volta das 11h35 desta terça-feira, aos 31.328,3 pontos (acompanhe gráfico da Bovespa com atualização constante). No pregão anterior, despencou 6,5% e fechou no menor nível em três anos.

O dólar comercial operava em baixa de 2,44% no mesmo horário, negociado a R$ 2,2 na venda (veja quadro com a cotação do dólar atualizada).


Muitos analistas têm previsto uma queda na taxa básica de juros dos Estados Unidos, o que contribuiu para a melhora dos principais mercados de ações do mundo nesta terça.

"Por um lado, os investidores se preocupam com a possibilidade de uma recessão mundial, por outro se dão conta de que muitas ações estão subvalorizadas", disse Hugh Johnson, da Johnson Illington Advisors, em Nova York.

As Bolsas de Valores da Ásia encerraram em nível positivo, algumas delas com uma melhora bastante expressiva. A de Hong Kong, por exemplo, subiu mais de 14%; a de Tóquio avançou 6,4%.

Na quarta-feira (29), Brasil e EUA definirão se alteram suas respectivas taxas básicas de juros. Na Europa, o presidente do banco central local, Jean-Claude Trichet, disse na segunda-feira que é possível que as taxas sejam reduzidas na zona euro na próxima semana.

A Espanha anunciou que garantirá empréstimos interbancários de até 100 bilhões de euros em 2009, a mesma quantia fixada para 2008. O Grupo Santander divulgou seu balanço nesta terça-feira e disse que mantém sua previsão de lucro para 2008, de 10 bilhões de euros.

uol.com

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Policiais dizem em inquérito que invasão só ocorreu após tiro


O Jornal Nacional teve acesso ao inquérito que apura o assassinato de Eloá Pimentel, de 15 anos, vítima do ex-namorado em Santo André (ABC). Quatro dos cinco policiais que invadiram o apartamento em que ela era mantida refém afirmaram em depoimento: “O que desencadeou a ação foi um tiro do seqüestrador”.

Veja o site do Jornal Nacional

Quem atirou com a espingarda calibre 12 na direção do seqüestrador foi o sargento Mário Magalhães Neto. Ele e outros quatro policiais estavam desde a madrugada da sexta-feira (17) no apartamento ao lado do de Eloá.

Ao delegado, o sargento declarou: “Ficou combinado que, se houvesse algum disparo dentro do apartamento, a equipe entraria”.

Eles usaram um explosivo do tipo cordel detonante na dobradiça da porta, mas a porta não caiu, pois havia uma mesa que servia como barricada. O sargento confirma ao delegado a posição das vitimas: Eloá estava no sofá, e Nayara, no chão. Lindemberg estava no corredor, entre a sala e o banheiro, de arma em punho, com o revólver calibre 32.

Veja vídeos, fotos e as principais notícias do seqüestro de Eloá e Nayara

O sargento diz também no depoimento que atirou uma única vez contra ele, com munição de borracha, mas o tiro não foi certeiro. Lindemberg disparou várias vezes contra os policiais. Quando a munição acabou, ele jogou a arma e levantou as mãos para o alto.

O primeiro a entrar no apartamento foi o escudeiro da equipe, o soldado Daylson Moreira Pereira. Ele entrou empunhando o escudo para garantir a segurança dos colegas. O soldado disse que sentiu no escudo o impacto característico de tiros. Ele reforça no depoimento: o motivo principal da invasão ao apartamento foi um tiro disparado lá dentro.

O sargento Frederico Mastria, outro integrante da equipe, também disse que só entrou depois do disparo. O soldado Maurício Martins de Oliveira não cita nenhum tiro antes da invasão. A função dele, segundo disse ao delegado, era a de arrombar a porta, caso ela não abrisse. No depoimento, ele fala de tiros depois que a porta foi forçada e não caiu. Em seguida, o soldado disse que ouviu disparos que vinham do interior do apartamento.

O comando do grupo de invasão era do tenente Paulo Sérgio Schiavo. Ele declarou que foi o último a entrar e que foi ele quem tirou Nayara do apartamento. Segundo o tenente, por volta das 2h da madrugada de sexta-feira, Lindemberg disparou o revólver depois de ter se desentendido com o negociador, e que, por causa desse tiro, ficou acertado: se ele fizesse outro disparo, haveria a invasão. O tenente afirma: o motivo principal da invasão foi o disparo de Lindemberg, por volta das 18h.

Quando os PMs prestaram depoimento, o objetivo não era questionar a invasão, e sim determinar em que circunstâncias Eloá Pimentel foi assassinada. Para o delegado que apura o homicídio, não há dúvidas de que ela foi morta pelo ex-namorado, Lindemberg Alves. Como é comum nesses casos, as armas dos PMs também foram recolhidas para análise: são cinco pistolas, uma espingarda e uma metralhadora.


g1